Em um momento em que a economia brasileira enfrenta mais uma fase de instabilidade — com a taxa Selic elevada, atualmente em 14,25% ao ano e deve subir em maio; inflação persistente e um cenário político e fiscal incerto — muitos investidores passam a buscam alternativas mais seguras e previsíveis para proteger seu patrimônio.
O aumento dos juros encarece o crédito tradicional, como os financiamentos imobiliários, e pressiona o consumo, afetando diretamente o desempenho de investimentos de maior risco. Além disso, o mercado financeiro oscila com incertezas internas e externas. Mudanças na política global, desaceleração econômica da China e instabilidade política no Brasil aumentam os riscos. O consórcio imobiliário surge como uma solução segura e estratégica para construir patrimônio sem exposição ao mercado.
Consórcio imobiliário: uma alternativa sólida em tempos de incerteza
Diferente de aplicações financeiras mais suscetíveis às oscilações do mercado — como ações, fundos multimercado e até mesmo ativos de renda fixa afetados pela defasagem inflacionária — o consórcio imobiliário apresenta características de previsibilidade e robustez.
As parcelas são isentas de juros e ajustadas por índices transparentes, garantindo maior estabilidade. Enquanto os financiamentos imobiliários operam com juros médios entre 9% e 12% ao ano, o consórcio se destaca como um mecanismo de aquisição de imóveis menos suscetível ao aumento das taxas.
Proteção contra crises e volatilidade
Investimentos em imóveis tendem a preservar seu valor mesmo durante crises econômicas. Por serem bens tangíveis e de baixa volatilidade, os imóveis historicamente se valorizam no longo prazo. O consórcio é uma forma acessível e inteligente de adquirir imóveis. Funciona mesmo em tempos de instabilidade econômica.
Além disso, trata-se de uma modalidade regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. Isso assegura segurança jurídica, previsibilidade e transparência, mesmo com mudanças políticas ou legislativas.
Rentabilidade estratégica com renda passiva no consórcio imobiliário
Ao ser contemplado, o consorciado pode utilizar a carta de crédito para adquirir um imóvel e destiná-lo à locação, dessa forma, gerando renda passiva. Imóveis residenciais e comerciais bem localizados podem oferecer retornos mensais entre 0,6% e 0,8% sobre o valor investido, ou seja, percentual superior ao de muitos ativos conservadores.
Exemplo prático: uma carta de crédito no valor de R$ 300 mil, se utilizada para adquirir um imóvel alugado por R$ 2.000 mensais, pode gerar uma renda passiva de R$ 24 mil por ano. Esse valor pode ser utilizado para amortizar parcelas, reinvestir ou equilibrar o fluxo de caixa familiar.
Proteção patrimonial e segurança jurídica
Assim, em momentos de instabilidade econômica, proteger o patrimônio se torna prioridade. Contudo, os imóveis adquiridos por consórcio podem ser utilizados como estratégia de proteção patrimonial, funcionando como ativos mais difíceis de serem executados judicialmente em casos de endividamento pessoal.
Nesse sentido, por ser uma modalidade regulada por uma autoridade monetária e respaldada por leis específicas que garantem os direitos do consumidor, o consórcio tende a oferece mais segurança do que investimentos informais ou não regulamentados.
Liquidez planejada e flexibilidade estratégica
Embora o consórcio seja, por natureza, um investimento de médio a longo prazo, existem estratégias eficientes de gerar liquidez, tornando-o ainda mais atrativo, mesmo em cenários voláteis:
- Venda da carta contemplada no mercado secundário, com ágio;
- Utilização do imóvel como garantia para obter crédito com taxas menores;
- Compra com fins de revenda, aproveitando regiões com potencial de valorização imobiliária.
Essas possibilidades permitem ao investidor ajustar a estratégia de acordo com sua situação financeira ou o cenário macroeconômico,sem comprometer a segurança do investimento.
Um caminho eficiente para a construção de patrimônio
Mesmo em cenários de incertezas, os imóveis seguem como uma das formas mais tradicionais e resilientes de acumulação patrimonial. O consórcio imobiliário é uma forma segura e acessível de investir. Tem parcelas fixas, sem juros e proteção contra a especulação do mercado.
Visão de mercado
Para Jefferson Floriano, especialista em gestão patrimonial e CEO de uma empresa com quase três décadas de atuação em consórcios e soluções financeiras, o momento exige atenção redobrada e inteligência na alocação de recursos. “Hoje, o consórcio é uma das formas mais seguras de transformar parcelas em patrimônio. Em vez de expor seu capital a riscos excessivos, o investidor pode construir um ativo real, com potencial de valorização e geração de renda passiva.”
Diante de um cenário econômico desafiador, caracterizado por uma taxa Selic elevada de 14,25% ao ano, inflação persistente que compromete o poder de compra e alta volatilidade nos principais mercados de ações e fundos, o consórcio imobiliário se apresenta como uma alternativa que une segurança, planejamento financeiro e potencial de crescimento real.
Essa combinação torna a modalidade atraente para quem quer preservar e ampliar o patrimônio com consistência. Por isso, a estratégia continua válida mesmo em cenários de instabilidade econômica.
Foto: Tima Miroshnichenko